Infelizmente no Brasil não temos uma definição clara de taxa de sucesso para as clínicas de reprodução assistida.
Para a Human Fertilisation and Embryology Authority (HFEA), instituição inglesa, taxa de sucesso significa: nascidos vivos por embrião transferido.
Para se ter uma ideia a Human Fertilisation and Embryology Authority (HFEA) mostrou dados consolidados das clínicas inglesas em 2017.
Nascidos vivos usando óvulos da própria mulher e espermatozoides do parceiro, sendo de transferências congeladas e frescas:
Com menos de 35 anos: 29%
35-37: 23%
38-39: 15%
40-42: 9%
43-44: 3%
Com mais de 44 anos: 2%
As clínicas brasileiras de reprodução assistida divulgam suas taxas de sucessos como querem, por isso, cuidado com as altas taxas de sucesso divulgadas por aí.
Algumas clínicas divulgam taxa de gravidez e não taxa de natalidade (nascidos vivos);
Algumas clínicas divulgam taxa de sucesso somente de transferências de embriões euploides;
Algumas clínicas divulgam taxas de meses específicos ou um semestre especifico que tiveram mais sucesso.
Portanto, a maioria das clínicas escolherão as métricas que as fazem parecer boas, o que torna muito difícil comparar as taxas de sucessos com precisão.
Dicas para escolher uma boa clínica de reprodução assistida.
– Pesquise sobre a clínica na internet, a nota de avaliação do google é uma boa referência;
– Peça indicações para pessoas que já fizeram FIV;
– Pesquise sobre o currículo dos médicos e embriologistas que trabalham na clínica, se eles são formados em universidades de renome e se os médicos possuem RQE (título de especialização na área);
– Pesquise dados das clínicas no SisEmbrio divulgados pela Anvisa.
Portanto, não se deixem enganar pelas altas taxas de sucesso divulgadas por ai.